Esta foi a página onde achei várias dicas legais sobre preposições, crase e como isso pode ajudar na regência, espero que os ajude!
Se você não conseguir acessar a página coloquei aqui o que achei necessário, espero que os ajude!
Uso da Preposição
Preposição
é a palavra que estabelece uma relação entre dois ou mais termos da oração.
Essa relação é do tipo subordinativa, ou seja, entre os elementos ligados pela
preposição não há sentido dissociado, separado, individualizado; ao contrário,
o sentido da expressão é dependente da união de todos os elementos que a
preposição vincula.
Exemplos:
Os amigos
de João estranharam o seu modo de vestir.
...[amigos de João / modo de vestir: elementos ligados por preposição]
...[amigos de João / modo de vestir: elementos ligados por preposição]
...[de:
preposição]
Ela
esperou com entusiasmo aquele breve passeio.
...[esperou com entusiasmo: elementos ligados por preposição]
...[esperou com entusiasmo: elementos ligados por preposição]
...[com:
preposição]
Esse tipo
de relação é considerada uma conexão, em que os conectivos cumprem a função de
ligar elementos. A preposição é um desses conectivos e se presta a ligar
palavras entre si num processo de subordinação denominado regência.
Diz-se
regência devido ao fato de que, na relação estabelecida pelas preposições, o
primeiro elemento – chamado antecedente - é o termo que rege, que impõe um
regime; o segundo elemento, por sua vez – chamado conseqüente – é o temo
regido, aquele que cumpre o regime estabelecido pelo antecedente.
Exemplos:
A hora
das refeições é sagrada.
...[hora das refeições: elementos ligados por preposição]
...[hora das refeições: elementos ligados por preposição]
...[de +
as = das: preposição]
...[hora:
termo antecedente = rege a construção "das refeições"]
...[refeições:
termo conseqüente = é regido pela construção "hora da"]
Alguém
passou por aqui.
...[passou por aqui: elementos ligados por preposição]
...[passou por aqui: elementos ligados por preposição]
...[por:
preposição]
...[passou:
termo antecedente = rege a construção "por aqui"]
...[aqui:
termo conseqüente = é regido pela construção "passou por"]
As
preposições são palavras invariáveis, pois não sofrem flexão de gênero, número
ou variação em grau como os nomes, nem de pessoa, número, tempo, modo, aspecto
e voz como os verbos. No entanto em diversas situações as preposições se
combinam a outras palavras da língua (fenômeno da contração) e, assim,
estabelecem uma relação de concordância em gênero e número com essas palavras
às quais se liga. Mesmo assim, não se trata de uma variação própria da
preposição, mas sim da palavra com a qual ela se funde (ex.: de + o = do; por +
a = pela; em + um = num, etc.).
É
importante conhecer essas outras particularidades da preposição:
Uso da Preposição
Algumas
particularidades no uso das preposições:
1. O sujeito das orações reduzidas de infinitivo
não deve vir contraído com uma preposição.
Exemplo:
A maneira
dele estudar não é correta. [Inadequado]
A maneira de ele estudar não é correta. [Adequado]
A maneira de ele estudar não é correta. [Adequado]
A maneira
de nós estudarmos não é correta. [Adequado]
2. A preposição "a" não deve ser
utilizada após a preposição "perante".
Exemplo:
Quando o
resultado das provas foi divulgado, ela chorou perante a todos.
[Inadequado]
Quando o resultado das provas foi divulgado, ela chorou perante todos. [Adequado]
Quando o resultado das provas foi divulgado, ela chorou perante todos. [Adequado]
3. Do mesmo modo, não podemos utilizar a preposição
"a" depois da preposição "após".
Exemplos:
Todos nos
reunimos após à reunião. [Inadequado]
Todos nos reunimos após a reunião. [Adequado]
Todos nos reunimos após a reunião. [Adequado]
O retorno
dos alunos após ao intervalo é sempre tumultuado. [Inadequado]
O retorno dos alunos após o intervalo é sempre tumultuado. [Adequado]
O retorno dos alunos após o intervalo é sempre tumultuado. [Adequado]
4. A preposição "desde" não admite em sua
seqüência a preposição "de".
Exemplo:
Estamos
esperando aqui desde das 12 h. [Inadequado]
Estamos esperando aqui desde as 12 h. [Adequado]
5. Em vez de utilizar a preposição "após"
antes de verbos no particípio, prefira a locução "depois de".
Exemplo:
O aluno
partiu após difundida a notícia. [Inadequado]
O aluno partiu depois de difundida a notícia. [Adequado]
O aluno partiu depois de difundida a notícia. [Adequado]
Omissão das preposições
Antes de
alguns advérbios de tempo, modo e lugar, a preposição pode ou não ser omitida.
Exemplos:
Chegarão
domingo. [Adequado]
Chegarão
no domingo. [Adequado]
O filho,
cabeça baixa, ouvia a reprimenda. [Adequado]
O filho,
de cabeça baixa, ouvia a reprimenda. [Adequado]
A crase e as preposições
A crase
não deve ser empregada junto a algumas preposições.
Dois
casos, no entanto, devem ser observados quanto ao emprego da crase. Trata-se
das preposições "a" e "até" empregadas antes de palavra
feminina. Essas únicas exceções se devem ao fato de ambas indicarem, além de
outras, a noção de movimento. Por isso, com relação à preposição "a"
torna-se obrigatório o emprego da crase, já que haverá a fusão entre a preposição
"a" e o artigo "a" (ou a simples possibilidade de emprego
desse artigo). Já a preposição "até" admitirá a crase somente se a
idéia expressa apontar para movimento.
Exemplos:
A entrada
será permitida mediante à entrega da passagem. [Inadequado]
A entrada será permitida mediante a entrega da passagem. [Adequado]
A entrada será permitida mediante a entrega da passagem. [Adequado]
Desde à
assembléia os operários clamavam por greve. [Inadequado]
Desde a assembléia os operários clamavam por greve. [Adequado]
Desde a assembléia os operários clamavam por greve. [Adequado]
Os
médicos eram chamados a sala de cirurgia. [Inadequado]
Os médicos eram chamados à sala de cirurgia. [Adequado]
Os médicos eram chamados à sala de cirurgia. [Adequado]
...[termo
regente: chamar a / "a" = preposição indicativa de movimento]
...[termo
regido: (a) sala / "a" = artigo]
...[sala:
palavra feminina]
Os
escravos eram levados vagarosamente até a senzala.
Os escravos eram levados vagarosamente até à senzala.
Os escravos eram levados vagarosamente até à senzala.
...[termo
regente: levar a / "a" = preposição indicativa de movimento]
...[termo
regido: (a) senzala / "a" = artigo]
...[senzala:
palavra feminina]
Observe
que não foi apontado no exemplo (4) o uso inadequado e adequado das ocorrências
de crase. Isso se dá porque atualmente no Brasil o emprego da crase diante da
preposição "até" é facultativo.
Uso das locuções prepositivas
Certas construções da língua portuguesa constituem casos em que determinados termos se combinam de tal forma que não é permitida a variação seja qual for o contexto em que estão inseridas. Normalmente, trata-se de locuções (conjunto de palavras que formam uma unidade expressiva).
Certas construções da língua portuguesa constituem casos em que determinados termos se combinam de tal forma que não é permitida a variação seja qual for o contexto em que estão inseridas. Normalmente, trata-se de locuções (conjunto de palavras que formam uma unidade expressiva).
As
locuções prepositivas são elementos que não variam em gênero (feminino ou
masculino) e número (singular ou plural). São, por isso, expressões fixas na
língua portuguesa. A forma fixa dessas locuções, porém, não se resume à
variação de gênero e número. No decorrer da história da língua portuguesa,
determinadas formas se consagraram. Muitos gramáticos postulam a adequação de
uma forma e não outra para a língua escrita. Por isso, o emprego inadequado
dessas construções configura-se um problema de linguagem.
Vejamos
alguns exemplos freqüentes de uso inadequado de locuções prepositivas:
Exemplos:
A nível
de experiência, tudo é válido. [Inadequado]
Em nível de experiência, tudo é válido. [Adequado]
Em nível de experiência, tudo é válido. [Adequado]
Eles
estavam em vias de cometer uma loucura. [Inadequado]
Eles estavam em via de cometer uma loucura. [Adequado]
Eles estavam em via de cometer uma loucura. [Adequado]
A seguir,
alguns exemplos de locuções em uso inadequado:
EMPREGO INADEQUADO EMPREGO
ADEQUADO
a nível de em nível de
à medida em que na medida em que
ao mesmo tempo que ao mesmo tempo em que
apesar que apesar de que
de modo a de modo que
a longo prazo em longo prazo
em vias de em via de
ao ponto de a ponto de
de vez que uma vez que / portanto
a nível de em nível de
à medida em que na medida em que
ao mesmo tempo que ao mesmo tempo em que
apesar que apesar de que
de modo a de modo que
a longo prazo em longo prazo
em vias de em via de
ao ponto de a ponto de
de vez que uma vez que / portanto
Note que o uso corrente das inadequações promove substituição ou supressão das preposições que compõem a expressão.
Além
disso, é importante ressaltar que, embora estejamos nos referindo apenas às
locuções prepositivas, o mesmo princípio pode ser aplicado às locuções
conjuncionais ou locuções adverbiais. Vejamos, por exemplo, um caso em que a
inadequação recai sobre uma locução adverbial:
Os
amigos, na surdina, combinavam sobre tua festa. [Inadequado]
Os amigos, à surdina, combinavam sobre tua festa. [Adequado]
Os amigos, à surdina, combinavam sobre tua festa. [Adequado]
A regência e o uso de preposições
Na construção de uma unidade significativa, algumas palavras exigem o acompanhamento de outros elementos da língua. Essa relação de dependência com vistas à formação de um significado é chamada regência.
Na construção de uma unidade significativa, algumas palavras exigem o acompanhamento de outros elementos da língua. Essa relação de dependência com vistas à formação de um significado é chamada regência.
A
regência pode ser direta, quando a relação de dependência é imediata, ou
indireta, quando ela é intermediada por outros elementos da língua, como as
preposições. A regência do substantivo sobre o adjetivo (como em "a menina
bonita"), ou do verbo transitivo direto sobre seu complemento (ex.:
"Maria ama Pedro") se dá de forma direta, enquanto a regência do
substantivo sobre outro substantivo (como em "a filha de Maria") ou
de um verbo transitivo indireto sobre seu complemento (ex.: "Maria gosta
de Pedro") se faz necessariamente por meio de uma preposição.
Nos casos
de regência indireta, é preciso observar que nem todas as preposições podem
desempenhar o papel de ligar o regente ao regido. Além disso, o uso de uma ou
outra preposição pode provocar alterações de significado bastante consideráveis
(ex.: "ir para casa", "ir de casa", "ir na casa",
etc.). Por isso, é preciso estar atento para o conjunto de preposições exigidas
pelo regente, e para as implicações do seu uso.
A seguir
alguns verbos da língua portuguesa que envolvem problemas frequentes quanto à
regência:
CONSTRUÇÃO INADEQUADA CONSTRUÇÃO
ADEQUADA
estar de
(greve) estar em (greve)
namorar com namorar
arrasar com arrasar
repetir de (ano) repetir o (ano)
namorar com namorar
arrasar com arrasar
repetir de (ano) repetir o (ano)
Exemplos:
Suzana
continuava a dizer que namorava com Mário. [Inadequado]
Suzana continuava a dizer que namorava Mário. [Adequado]
Suzana continuava a dizer que namorava Mário. [Adequado]
Meus pais
não suportariam se eu repetisse de ano! [Inadequado]
Meus pais não suportariam se eu repetisse o ano! [Adequado]
Meus pais não suportariam se eu repetisse o ano! [Adequado]
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